DREX: O que é a moeda digital do real e como ela vai impactar o mercado de capitais?
26 nov. 2024•6 min de leitura

O Impacto do DREX para o Mercado de Capitais
Entenda como funcionará a moeda digital do Banco Central, e de que forma o DREX vai impactar o mercado de capitais brasileiro. Será que é possível digitalizar a economia? Te contamos tudo isso e mais um pouco neste artigo!
O Que é DREX?
O DREX é uma moeda digital, que está em desenvolvimento pelo Banco Central, integrada ao conceito de CBDC (Central Bank Digital Currency), e diferente dos meios eletrônicos tradicionais.
Essa moeda digital faz parte de uma iniciativa global que busca adaptar as economias à era digital, oferecendo mais agilidade, segurança e eficiência nas transações financeiras.
Baseado na tecnologia blockchain, o DREX permitirá transferências instantâneas de valores, de forma 100% digital, eliminando intermediários e ainda reduzindo custos.
O piloto do projeto iniciou em 2023, e este ano já avançou para a segunda fase de testes, cujo prazo para inscrição de novas empresas se encerra em 29 de novembro deste ano.
Apesar de não haver ainda uma data oficial de lançamento, já conseguimos prever um pouco do impacto que a implementação do DREX trará não só para o mercado como um todo, mas também no dia a dia dos brasileiros.
Como vai funcionar?
O DREX será implementado como uma forma de Real digital, mas será diferente das moedas tradicionais e das criptomoedas. Confira seus principais pontos de funcionamento abaixo:
- Base Tecnológica: O DREX será construído sobre a tecnologia de blockchain, que é um registro digital descentralizado e seguro. Isso significa que todas as transações serão registradas de forma transparente e imutável.
- Emissão e Controle: Assim como o Real tradicional, o DREX será emitido pelo Banco Central do Brasil, o que garante que ele esteja sob uma autoridade regulatória. Isso é diferente das criptomoedas, que geralmente não têm um emissor central. O Banco Central irá definir a quantidade de DREX que estará disponível e supervisionar seu uso para garantir a estabilidade econômica.
- Redução do papel tradicional de intermediários: Ao utilizar a tecnologia de blockchain, muitas das etapas tradicionais que envolvem intermediários (como bancos) poderão ser facilitadas e enxutas. Isso deve reduzir custos e aumentar a eficiência nas transações financeiras.
- Segurança e Privacidade: A tecnologia de blockchain oferece proteção contra fraudes e hacking. Além de manter a privacidade dos usuários; pois, com a blockchain, as informações pessoais não serão expostas publicamente no registro de transações.
- Integração com o Sistema Financeiro: A integração da moeda digital permitirá que ela seja usada em uma variedade de transações, como pagamentos de contas, transferências entre contas bancárias e compras no varejo.
- Regulação e Compliance: O Banco Central garantirá que o DREX esteja em conformidade com as regulamentações financeiras existentes. Isso incluirá medidas para prevenir a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, garantindo que as transações sejam monitoradas e transparentes.
Como podemos ver nesses pontos, o DREX representa uma evolução significativa na forma como os brasileiros poderão realizar transações financeiras para investimento. Ele promete ser uma opção mais rápida, segura e eficiente em comparação com as moedas tradicionais, além de abrir novas oportunidades de investimento através da tokenização de ativos e produtos financeiros.
O Impacto no Mercado de Capitais
Nos últimos anos, o mercado de financeiro e de capitais vem avançando no uso da tecnologia Blockchain e no aumento do seu escopo de ativos tokenizados. Porém, seu escopo e aplicabilidade ainda não alcançaram o potencial máximo.
Muitos instrumentos utilizados hoje ainda necessitam de estruturas robustas, compostas por diversos intermediários e processos burocráticos, que tendem a encarecer seu uso.
No entanto, com a introdução do DREX, espera-se que esse cenário mude significativamente!
O Real Digital trará consigo uma gama de possibilidades dentro da tokenização de ativos. Isso acontece porque a tecnologia não só dá acesso a entrada de novos participantes no mercado, como também tem potencial para baratear os custos de emissão e estruturação dos produtos de investimento e trazer mais agilidade e segurança para as operações.
A tokenização consiste em transformar ativos físicos ou financeiros, como imóveis ou ações, em tokens digitais que podem ser facilmente negociados no ambiente digital. Isso trará mais agilidade para a negociação de ativos no mercado secundário, além de proporcionar maior liquidez, ou seja, tornar mais fácil a compra e venda desses ativos.
Com essas mudanças, o mercado financeiro e de capitais brasileiro tende a se tornar mais competitivo, atraindo tanto investidores locais quanto internacionais.
O aumento da transparência e da eficiência das operações poderá também fortalecer a confiança dos investidores, criando um ambiente mais dinâmico e acessível!
Neste cenário, veremos ainda mais operações como o TIDC (Tokens de Investimento em Direitos Creditórios) acontecendo, e possivelmente, novos instrumentos sendo criados.
O Brasil está dando grandes passos na modernização da economia com o projeto de Open Finance, e a introdução do DREX com certeza marcará um novo capítulo nessa evolução.
O que podemos esperar nos próximos anos é um mercado de capitais cada vez mais acessível e dinâmico, onde a tecnologia digital será a chave para novas oportunidades e crescimento.
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